It Seems Like Old Times
terça-feira, 6 de novembro de 2007
UM DIA DE CÃO – EDIÇÃO ESPECIAL

Agosto de 1972 . Banco do Brooklyn .O roubo era pra ter durado 10 minutos.2 horas depois,mais de 100 pessoas estavam no local,inclusive policiais e curiosos.10 horas depois,já era assunto mundial.Sidney Lumet,a partir dessa história faz sua obra-prima.

Al Pacino faz Sonny,o ladrão que planeja o roubo ao banco,visando, com o dinheiro ganho,pagar uma operação de mudança de sexo para o seu namorado.Pacino,nesse filme, tem sua melhor atuação.Sua atuação faz até com que nós torçamos por ele,já que o filme mostra ao mesmo tempo a família e os problemas de Sonny.

Lumet utiliza no filme uma tensão constante,porque sempre ficamos com a idéia de que Sonny não escapará de lá,a não ser preso.É por isso e mais outras coisas que transformam esse filme em um dos melhores da história.

O Disco 1 do filme vem apenas com poucos extras,como o trailer,etc,nas contém um ótimo som e imagem.O Disco 2 vem com Making Of e outro extra. Uma edição que se deve ter na coleção.

Depois desse filme,qualquer ladrãozinho de bolsa vai pensar duas vezes antes de roubar um banco.



Nota:10,0


Kaio Oliveira
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Greatest Hits

Alta Fidelidade = Ouça o disco, leia o livro, veja o filme.

Alta Fidelidade é um fenômeno cultural. Escrito pelo papa da literatura contemporanea Nick Hornby, é de uma leveza e inteligencia impar. Narra as desventuras de Rob, um trintão nerd viciado em listas do tipo Top 5 e musica, que depois de levar um fora da namorada por ser acomodado, decide analizar todos os seus principais relacionamentos. O livro, um best seller em diversos paises, encanta por ser de leitura leve e descompromissada, mas ao mesmo tempo é genial e com uma historia sólida. Seus dias de puro marasmo nerd em sua loja de discos, a vontade de entender o porque é sempre rejeitado e seus comentarios sobre a vida demonstram um desanimo, parecendo ser irreversivel sair do cotidiano. Livro que ja nasceu classico, pela diversas referencias a cultura pop da musica e por todos termos na vida um periodo, por menor que seja, em que fazemos um balanço de tudo que ja aconteceu e procuramos respostas. Quando lemos tal obra, em diversas passagens a nossa própria vida parece estar sendo contada;
O filme baseado no livro, dirigido por Stephen Frears, consegue ser tão interessante e genial quanto a obra original. Rob Gordon é vivido por John Cusack, em possivelmente sua melhor atuação, consegue mostrar toda a paranóia e indecisão do personagem. Falando diretamente para a camera em boa parte do filme, mostra porque é um dos atores mais "cool" dos ultimos tempos. As diversas referencias pop do livro são atualizadas em diversas cenas( o livro se passa nos anos 80) e o local da historia tambem é mudado( originalmente é em Londres e no filme tudo acontece em Chicago). Outro grande ponto alto do filme são os coadjuvantes. Jack Black é um de seus funcionarios na loja de disco tagarela, fanatico por hard rock e filmes b ele é o contraponto do personagem de Todd Lousio, um indie timido que não se impõe ao comportamento abusivo de seu colega. Tim Robbins faz um rival de Cusack, com aparencia grotesca e rende um dos momentos mais divertidos do filme. Catherine Zetta Jhones interpreta uma antiga namorada sofisticada de Rob, em aparição rapida. As famosas listas top 5 do protagonista e seu comportamento esnobe em relação a cultura- "Vocês são elitistas, desdenham de quem tem menos conhecimento que vocês..."- torna o personagem ao mesmo tempo arrogante e simpatico. Com uma trilha sonora muito boa( em sua maioria composta por bandas alternativas e grandes nomes do rock & pop -Bruce Springsteen, Bob Dylan, Lou Reed, Velvet Underground, Queen, Elvis Costello, Steve Wonder, Marvin Gaye, Aretha Franklin, Freddie Mercury, Burt Bacharach ) e um roteiro agil e inteligente, Alta Fidelidade é filme pra se ter na coleção, de preferencia perto dos discos de vinil, ja que tem tudo a ver. O que veio antes? A musica ou a triteza? Assista e descubra.

Nota : 9

Sasquash Cavalera
posted by Revista Nerd @ 10:02   0 comments
Problemas de Familia

A sequência é melhor mais ainda não consegue empolgar.

Quarteto Fantastico e o Surfista Prateado é um bom filme pipoca e só. Com soluções fáceis e pouca intimidade com o roteiro, Tim Story demonstra que é um diretor frouxo, transformando um bom conceito em um imenso capitulo de novela das sete. Com a aproximação da devastação do mundo por Galactus sendo anunciada pelo Surfista Prateado, só resta o Quarteto Fantastico para tentar impedir tal intento. Com o providencial retorno do Dr Destino(Julian Mcmahon, alem de qualquer salvação) a trama se torna enfadonha. Os problemas de familia, como Reed Richards (Ioan Gruffudd) um workaholic sem tempo nem para casar com sua amada Sue Storm (Jessica Alba) e falta total de privacidade do grupo. Chris Evans, o Tocha Humana, continua no mesmo esterotipo de adolescente precisando provara todo momento que é macho e o melhor do filme mesmo continua sendo o Coisa (Micheal Chiklis) que rende bons momentos. Stan Lee faz sua habitual aparição, talvez a melhor de todas. Galactus não aparece na forma classica dos quadrinhos (apenas sua sombra é vista em um planeta em determinada cena). Ruim não é, mas fica a snsação que poderia ser muito melhor. Talvez no próximo sejamos brindados com um espetaculo digno de ser chamado de fantastico.

Nota: 6

Sasquash Cavalera
posted by Revista Nerd @ 09:59   0 comments
Cartas Marcadas

Clooney, Pitt & Pacino dão as cartas no melhor da trilogia.


Treze Homens e outros Segredo esbanja carisma e sofisticação, alternando momentos de comédia refinada e de ironia em grande escala. Quando Reuben (Elliott Gould), o financiador dos grandes golpes da trupe liderada por Daniel Ocean (George Clooney), é enganado pelo mega-investidor Willy Bank(Al Pacino) e o deixa sem o cassino que ajudou a construir e sofre um ataque do coração que o deixa a beira da morte, só resta a vingança. O plano mirabolante é posto em prática com o grupo de volta a ativa, encabeçado por Rusty (Brad Pitt) e Linus (Matt Damon) que pode soar um pouco confuso no começo, mas é infinitamente melhor e mais inteligente que o usado no filme anterior. Sequencias bem realizadas e engraçadissimas (como a da fabrica no México, e as desventuras do critico de hotel) ja nos mostram o porque de tanto sucesso da cinessérie. Andy Garcia, Don Cheadle, Bernie Mac e o surpreendente Casey Affleck completam o time que abusa de soluções muito bem pensadas, nos fazendo torcer pelos adoraveis cafajestes de Ocean. Vincent Cassel tambem esta de volta em participação minima. Al Pacino engrandece ainda mais o elenco estelar que dessa vez não conta com a participação da péssima Julia Roberts. Em um jogo de cartas marcadas, saimos vencedores.

Nota: 8,5

Sasquash Cavalera
posted by Revista Nerd @ 09:58   0 comments
O Mundo de Andy
Milos Foman se especializou em um subgenero: cinebiografias. Depois de fazer uma "fake" de Mozart em Amadeus e uma séria do papa da pornografia americana em O Povo Contra Larry Flynt, teve mais uma grande incursão em O Mundo de Andy(Man on the Moon) sobre o humorista americano Andy Kaufman. Andy foi o que poderia ser descrito como enfant terrible da cena de humor americana no final dos anos 70. Dono de ideias um pouco modernas demais para a epoca, Andy não poupava nem sua propria familia das peças que costumava pregar. Dono de um humor um tanto subversivo e com uma personalidade instavel, Andy construi uma carreira de altos e baixos, em um caso titpico de ame ou odeie. Participou de programas famosos como Saturday Night Live (de onde foi expulso por voto popular em uma decisão inedita)
e foi um dos protagonistas da sitcom Taxi, que contava com Christopher Loydd entre seus colaboradores.
No filme, Andy é interpretado por Jim Carrey com uma atuação assustadora pois ele incorporou o comediante de maneira soberba. Assim como seu alter ego Tony Clifton(personagem criado por Kaufman e que poucos sabiam que era ele), Carrey mostrou mais uma vez que não é só um careteiro, que é um ator muito bom. Com a ajuda de Bob Zmuda(Paul Giamatti) Andy realizava suas pegadinhas e que para seu empresario George Shapiro(Danny de Vitto) só tinha graça para a dupla de engraçadinhos. Contando de forma correta e sem rodeios, Milos Forman entrega mais uma obra genial em sua biografia.E com um final que emociona e nos faz pensar se é real ou mais um truque de Andy, nos fazendo pensar se ele afinal vai aparecer mais uma vez para arrancar a risada final. Filme ainda conta com courtney Love como Lyin, o grande amor de Kaufman e Vincent Schiavelli(eterno parceiro de Forman) como o executivo da rede NBC.
Grandes comediantes tem o dominio de palco sabendo a hora de deixar o show. Andy Kaufman deixou o palco e entrou para a historia.

Nota: 9

Sasquash Cavalera
posted by Revista Nerd @ 09:56   0 comments
Transformers

Michael Bay deve ter se cansado de tentar convencer a parcela provinciana dos críticos e/ou cinéfilos “entendidos” e descolados óbvios com Transformers.Seu maior chute na tentativa de amalgamar esses dois públicos em “A ilha” resultou em fracasso por não conseguir alcançar nem um e nem outro.Cinemão as vezes é matemática.O povão quer ver sangue,o povinho quer ver conteúdo.As vezes misturar não da certo.
Como o marido safado,que depois de tentar se dar bem com a mulher gostosa tenta voltar para a esposa baranguinha com o rabo entre as pernas, Bay retorna para o seu publico pátrio que o recebe de pernas abertas.

Talvez nem mesmo o próprio cineasta tenha se dado conta(ou o publico de seus filmes e até mesmo seus fiéis detratores), mas Bay é representante legitimo da tradição grindhouse.Não estou querendo dizer que o publico vai conferir seus filmes em lugares apinhados de pulga e cheirando a mijo e sim que o cineasta entrega aos pagantes algo de gosto duvidoso e realização exagerada e com poucos critérios(para os padrões intelectuais) como se fosse o melhor que poderia fazer.E o publico sai satisfeito na certeza de que aquilo é o melhor que conseguiu pagar.Não existe nada mais grindhouse do que os termos técnicos picaretas empregados em filmes como “A rocha”.Ou a interpretação canhestra de um Will Smith e seus bullet times e câmeras que atravessam paredes em “Bad Boys”.Obviamente que debaixo de um verniz de 150 milhões de doletas na poupança gordinha de “Transformers” fica difícil para o publico com suas bundas suadas na poltrona do UCI mais próximo identificar tal coisa.Fica difícil até para o freqüentador das noitadas da cinemateca saber disso.Afinal de contas, grindhouse pra ele é Robert Rodriguez e seus milimétricamente planejados filmes cheios de erros propositais.Quem diria que um dia estaríamos no cinema aplaudindo erros propositais???

Quando “Transformers” chegou aos cinemas, foi quase como o anuncio do apocalipse para os já condicionados jogadores de pedra antecipados.Não da pra tirar a razão dos pobres garotos sabichões ao mesmo tempo que se pode passar totalmente batido em relação a isso.
Pra variar, Bay entrega um filme totalmente impessoal e de narrativa simples.Se ele tentou enganar todo mundo nas suas outras incursões...esse não é o caso aqui.É quase como se ele se desculpasse por ter te enfiado aqueles enormes porta aviões mais o Ben Afleck goela abaixo sem dó e ainda querer fazer parecer um filme sério em “Pearl Harbor”.Se nos anos 80 John Carpenter já havia identificado o ponto exato de convergência entre publico e realizador nos seus (execrados pela critica e amado pelo publico e depois o contrario) “Aventureiros do bairro proibido” e “Fuga de Nova York”, Bay o faz agora de maneira inconsciente mas claramente presente.Sai os personagens durões e facilmente identificáveis de Kurt Russel e entram Os Shias e Megans que os meninos e meninas gostariam de sentar ao lado na escola.A maior semelhança entre os dois diretores é o uso freqüente e correto de personagens empáticos.Snake e o durão que você gostaria de ser quando crescer.Sam é o menino que você gostaria de ter sido na puberdade.Não se engane...são diretores de tamanhos diferentes mas cada um a sua época entregaram marmita para o mesmo publico.E daqui uns 20 anos se você estiver vivo e consciente de suas funções básicas terá que argumentar com guris cheirando a leite e certos de si que insistirão de maneira convicta que “Armageddon” é um verdadeiro filmaço dos tão distantes anos 90 só por ser testemunha do “Zé povinho” da época .Inversão de lógica acontece sempre em intervalos regulares de tempo, infelizmente.


O filme ainda tem a vantagem de ser fruto de um produto já existente e pré estabelecido(quem tiver mais de 25 anos e não tiver um transformers não teve infância) o que já o livra da obrigação de prostituir a si mesmo.Mesmo assim é planejado para agradar o garotinho e o garotão facilmente como o bom filme ruim de verão e futura sessão da tarde a ser repetida milhões de vezes como outras produções de Spielberg em menor ou maior escala.
E ainda traz consigo a constatação de uma troca de valores curiosa que nos remete a idéia inicial do meu texto:
Os verdadeiros “grindhouse” ficaram milionários e os filmes de “autor” ficaram pobres.

Nota- 9

Pony
posted by Revista Nerd @ 09:51   0 comments
Procura-se Amy
Procura-se Amy é uma comédia romântica. Simples assim. Vejamos, todos os elementos estão lá: o triângulo amoroso, o casal que não sabe que se ama, a montagem dos momentos felizes da relação, até a briga antes do fim, daquelas em que todo mundo vai pra casa pensar na burrada que fez e descobrir que o amor supera tudo. Mas há algo que o diferencia dos demais: Kevin Smith.

Letrado em cultura Pop, fanático por quadrinhos e cinema, Kevin Smith, em algo que se reflete em seu protagonista em determinado momento do filme, parecia ter algo a dizer e o fez versando não apenas sobre amor, mas sobre cicatrizes de aventuras sexuais, arte final de revistas em quadrinhos, racismo em grandes trilogias de Hollywood ou mesmo ou diferenças de gosto musical entre gays e héteros.

O tal triângulo amoroso aqui envolve Alyssa (Joey Lauren Adams, bonitinha mas com voz que lembra a personagem estridente de Cantando na Chuva), uma lésbica aparentemente convicta que se apaixona por Holden (Ben Affleck), autor de quadrinhos idiotas (e bem sucedidos) que não percebe que o aparente preconceito do amigo, co-morador e parceiro de trabalho Banky (Jason Lee) pode significar algo mais...inesperado.

O filme se desenrola como uma comédia romântica tradicional, com todos os encontros e desencontros típicos do gênero - menos comum é o final agridoce, que injeta maturidade num filme que vez por outra ameaça descambar para a mediocridade. diálogos e referências a cultura pop estão presente em praticamente todas as cenas, dando ao filme aquele ar nerd que, no final das contas, é o que lhe confere personalidade e o diferencia de veículos para Meg Ryan ou Julia Roberts. O filme não tem medo de ser desbocado, e o sexo aqui é mais falado que ptraticado.

Cineasta limitado, Kevin Smith consegue fazer a diferença nos diálogos: Há pelo menos 3 monólogos sensacionais no filme. O último, que sai da boca do personagem interpretado pelo próprio diretor, resume bem o filme e mostra que sim, havia algo a ser dito.

Filipe Ferreira
posted by Revista Nerd @ 09:41   1 comments
O Livro das Revelações
Daniel tem uma boa vida. Bailarino famoso e prestigiado, casado com uma mulher lindíssima (também bailarina), é cobiçado por outras mulheres (o que inclui sua coreógrafa), é bem pago e bonito. Um dia, ao sair de um ensaio para comprar cigarros para a esposa, é seqüestrado por 3 mulheres encapuzadas. Durantes dias Daniel é mantido refém, sofre abuso sexual por parte das 3 mulheres até ser solto em uma rodovia, em estado de choque e apenas com as lembranças do que aconteceu em seu cativeiro. Agora, Daniel tenta lidar com o trauma, afastando-se de tudo numa busca por identidades, a sua própria e das mulheres que o seqüestraram, que o leva a descobrir um pouco mais de si mesmo.
O Livro das Revelações trata do abuso sexual pela ótica masculina, sendo aqui o homem vítima de mulheres, algo pouco comum no cinema. Daniel (Tom Long, esforçado em sua entrega ao papel) sai em busca de compreensão, tentando no fundo compreender a si mesmo, e as mudanças que toda a experiência lhe causou. O sexo é aqui é o mostrado sempre como um meio para atingir um objetivo, seja este o de obter prazer, de violência ou de expressão de angústias e dores através da arte.
Apresentando-se inicialmente como um trhiller erótico, o filme mostra-se por fim um estudo de personagem, de alguém que busca superar algo que, como dito por uma de suas seqüestradoras, ele nunca vai conseguir esquecer. Lida-se aqui com a necessidade de diálogo e contato humano para superação de traumas.
A diretora Anna Kokkinos mostra certa qualidade na ambientação, especialmente nas cenas de dança, mas peca no controle do filme - o ritmo frouxo trona a narrativa cansativa e o drama do personagem é tratado com teor quase de tragédia grega. Falta sutileza na condução das atuações (a experiente Greta Scacchi interpeta uma personagem é um resumo de todos os clichês de doentes terminais do cinema) e na condução da trama como um todo. Termina por ser um filme curioso por sua proposta mas pouco inspirado na realização.

nota: 5

Filipe Ferreira
posted by Revista Nerd @ 09:38   0 comments
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