quarta-feira, 29 de agosto de 2007 |
A Identidade Bourne |
A escolha para a cadeira de diretor não era das mais óbvias: Doug Liman, recém engresso de filmes independentes como “Vamos Nessa” assumiria um filme de espionagem. Pra completar a equipe de “deslocados”, o protagonista seria vivido por Matt Damon, que era conhecido por dramas mais intimistas, como “Gênio Indomável”. O resultado, por uma série de fatores, surpreende. Faturando mais de 120 milhões somente nos EUA, “A Identidade Bourne” é um desses raros filmes de espionagem que não subestimam a inteligência do espectador. Os policiais aqui não são burro, os vilões tampouco e nosso herói vive o dilema da perda de identidade.
Encontrado boiando no mar, desmemoriado, Jason Bourne (Damon) está em busca de sua identidade, e acaba tropeçando numa conspiração internacional e numa caçada para descobrir quem ele realmente é. A estrutura do filme é muito parecida com a de um filme de super-herói: começamos com nosso protagonista desmaiado, sem saber quem é ou o que faz. Logo demais, numa impactante sequência no parque, Bourne descobre que sabe um pouco mais sobre luta do que um ser normal, nocauteando dois guardas. Parte então numa busca global para descobrir quem é e por que o governo americano está tentando mata-lo. Grande parte do sucesso da série “Bourne” deve ser creditado a Damon: carismático, frio e crível como o agente desmemoriado, ao decorrer do filme ele se demonstra tão impressionado quanto o espectador ao descobrir suas habilidade em luta, tiro, espionagem e tudo o que James Bond faz de melhor.
A série também merece méritos por atualizar o arquétipo de agente secreto para os dias atuais. Bourne também falha, chora, é pássivel de emoções, uma coisa que não víamos James Bond sentir ou fazer. Tanto que o último filme do agente 007 jogou toda a série no lixo, trouxe um novo ator e construiu uma nova mitologia para um agente ainda pouco maduro, capaz de se apaixonar e de também sentir emoções. Créditos, portanto, a Jason Bourne.
O elenco coadjuvante também é notável: se Chris Cooper e Brian Cox estão “adoravelmente” odiáveis como agentes da CIA, responsáveis pelo projeto que treinou Bourne para se tornar a máquina de guerra que ele é, Franka Potente é o ponto de ligação do agente com o mundo real, com a humanidade que o agente descobre ter. Doug Liman demonstra controle invejável das cenas de ação, principalmente para um diretor recem-chegado do cinema independente. Aliás, o estilo de filmar de Liman tem fortes marcas de gênero de “origem”, com muitos cortes rápidos, algumas vezes com imagem acelerada e uma cena de perseguição sobre 4 rodas que fazer “Operação França” corar de inveja. Tal cena nos mostra como gênero deve ser: rápida, cruel e sem enrolação. Tenho certeza de que, depois de (re)ver “A Identidade Bourne” você vai concordar comigo.
NOTA: 8
Gustavo |
posted by Revista Nerd @ 13:00 |
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quarta-feira, 8 de agosto de 2007 |
TESTE |
Secção nostálgica. |
posted by Revista Nerd @ 20:37 |
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