It Seems Like Old Times
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Eu Sou A Lenda

Em julho de 2006, antes do inicio das filmagens de Eu Sou A Lenda, surgiu um boato que além de Will Smith no papel principal, o longa contaria com Johnny Depp como o líder dos vampiros, mas devido ao fato de alguém da produção (diretor ou estúdio?) ter decidido não seguir muito a história de Richard Matheson, tornando os vampiros uma espécie de zumbis turbinados com super-força e que não sobrevivem a luz do dia. Ou seja, desperdiçaram material.

Um vírus com fins medicinais (cura para o câncer) é criado pelo homem. Algum tempo depois, esse mesmo vírus revela-se um grande problema, dizimando 90% da população humana. A maioria dos 10% restante acabam sendo infectadas pelo vírus e ganham força acima do normal, mas perdem a humanidade transformando-se em zumbis (que não sobrevivem à luz do dia). 3 anos depois, Robert Neville (Will Smith), um ex-tenente do exército e cientista, é o único sobrevivente em Nova York. Ao mesmo tempo em que tenta entrar em contato com outros sobreviventes do vírus, ele passa o dia pesquisando a cura para doença da humanidade, e a noite se escondendo em sua casa.

Francis Lawrence (que havia demonstrado talento em sua estréia em Costantine) falha ao confiar cegamente em Will Smith ao ponto de ignorar a excelente mitologia da obra de Matheson. Os primeiros 30 minutos não chegam a comprometerem, mais depois de uma certa altura o longa fica tão cansativo quanto ouvir “Three Little Birds” diversas vezes em menos de uma hora, seja na voz de Bob Marley ou na de Smith. E como se não bastasse, ainda temos que aturar a personagem de Alice Braga sendo tratada como uma retardada em um diálogo sobre Bob Marley. Adicione a tudo isso o final sem-graça que o próprio Lawrence já confessou ser de autoria da Warner. E a tão falada cena mais cara da história do cinema é separada em quatro partes de um flashback é ainda mais sem-graça que o final do longa, e não apresenta nenhum teor importante para o filme.

Engraçado notar que o grande problema de Eu Sou A Lenda é justamente a razão do sucesso financeiro do filme e o que nos mantém até os créditos finais surgiram, por que a única coisa que nos leva a ver o filme é o carisma de Will Smith. De qualidade mesmo só a excelente fotografia e a surpreendente trilha sonora do sempre competente James Newton Howard.

Nota: 4

Daniel Miguel

posted by Revista Nerd @ 09:35   0 comments
Across The Universe


Jude (Jim Sturgess) é um rapaz de Liverpool que viaja para Nova York em busca de autoconhecimento pessoal e de uma nova vida. Logo de cara conhece Max (Joe Anderson) e a amizade entre eles é imediata. Em Nova York, eles passam a morar com a cantora Sadie (Dana Fuchs), o músico Jo-Jo (Martin Luther McCoy) e Prudence (T.V. Carpio). Após a morte de seu namorado na Guerra Do Vietnam, Lucy (Evan Rachel Wood, lindíssima!), irmã de Max, também faz as malas para Nova York e passa a morar na mesma casa que o irmão e seus amigos. E é exatamente em Nova York que presenciamos a história de amor entre Jude e Lucy em meio a década de 70 e seus principais acontecimentos (Guerra Do Vietnam, Movimento Hippie, o assassinato de Martin Luther King, etc).

Um musical unicamente com canções dos Beatles: Uma idéia mais do que interessante que felizmente foi extremamente bem aproveitada. Ao todo são 33 canções sem uma única modificação na letra, ou seja, nada que fã algum colocará defeito (afinal, a própria diretora é uma fã confessa da lendária banda inglesa). Interessante também notar que algo que poderia ficar apenas em uma história de amor embalada por lindas músicas acabou ganhando um fundo político.

Apesar de alguns poucos exageros (a cena do circo salta na memória), Across The Universe nos apresenta a personagens cativantes (sendo Prudence a menos cativante de todos, mas nada que “Dear Prudence” não nos faça esquecer) interpretados por um ótimo elenco (com participações especiais de Bono, Joe Cocker, e Salma Hayek), uma excelente fotografia e uma competente edição (mesmo que alguns reclamem da duração do longa). Impossível terminar de ver o filme sem ficar com as cenas de “Strawberry Fields Forever” (a mais bela de todo o longa), “Hey Jude” e “All You Need Is Love” na cabeça.

Across The Universe começa e termina do mesmo jeito, com musica dos Beatles, ou seja, de uma belíssima forma. Um filme que merecia muito mais repercussão do que recebeu.

Nota: 9

Daniel Miguel

posted by Revista Nerd @ 09:33   0 comments
The Office – Temporadas 1 e 2

Uma das séries cômicas mais engraçadas, originais e notáveis da atualidade, The Office é o remake de uma série inglesa com Ricky Gervais (Extras) que acabou sendo cancelada na segunda temporada. A série enfoca o cotidiano de um escritório responsável pela venda do papel “Dunder Mifflin” com um chefe altamente ignorante e egocêntrico na forma de um documentário. Ou seja, podem-se esperar vários depoimentos na frente das câmeras por episódios e câmeras escondidas dos personagens.

A primeira temporada trazia vários episódios que eram novas versões de episódios da série inglesa. Ainda era muito engraçada, graças à interpretação do sempre ótimo Steve Carrell como o chefe Michael Scott. A série ainda não havia decolado nos EUA nessa época, até porque o “riso pelo constrangimento” que ocorre na maioria das vezes é meio difícil de pegar, mas depois de um tempo não tem como não rachar de rir em cada episódio. Mas mesmo assim, essa primeira temporada teve pouquíssimos 6 episódios, aqui no Brasil colocados em um único dvd, sem extra algum e com imagem fullscreen (cortando parte da tela, já que a série é filmada em widescreen).

Felizmente a segunda temporada não só é maior (22 episódios), como melhor em quase todos os sentidos. Os personagens secundários (todos bem peculiares) são muito melhor explorados, assim como a relação de Michael com a chefe Jan. Destaque para os episódios da festa de natal e “Casino Night”, em que é feito um evento beneficente no depósito com jogos e várias revelações (esse episódio é mais longo, com meia-hora).

E assim como os episódios, o dvd dessa temporada é muito melhor. São 4 discos com comentários em vários episódios e cenas inéditas em todos os episódios, sem exceção (alguns têm até 10 min de cenas extras!). E no quarto disco é possível ver webisódios da série (“Os Contadores”), sátiras dos anúncios da NBC “The More you Know”. Steve Carrell entrevistando a si mesmo e mais que 16 min de erros de gravação (divertidíssimos). Um investimento que com certeza vale à pena.

Primeira temporada – Episódios: 8,5 Extras: Não possui

Segunda temporada – Episódios: 10 Extras: 10

Vinnicius Boaventura



posted by Revista Nerd @ 09:08   0 comments
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