It Seems Like Old Times
sábado, 8 de dezembro de 2007
Blade Runner – O Caçador De Andróides
Fracasso de crítica e público em 1982 quando foi lançado nos cinemas, Blade Runner é um dos mais incríveis (se não o mais incrível) filmes de ficção cientifica feito até hoje e é, atualmente, um dos filmes mais cultuados entre nerds e cinéfilos.
Los Angeles. 2019. A Tyrell Corporation levou a evolução robótica até a fase Nexus, um ser virtualmente idêntico ao homem conhecido como replicante (andróides superiores em força e agilidade, e no mínimo tão inteligentes quantos os engenheiros genéticos que os criaram, e praticamente indistinguíveis dos humanos). Quatro desses replicantes (liderados por Roy, replicante vivido por Rutger Hauer) voltam a Terra, procurando resolver o problema de vida útil de quatro anos impostos a todos de sua raça como forma de controle antes que eles desenvolvam emoções próprias, e cabe a Rick Deckard (Harrison Ford, no auge de sua carreira), um Blade Runner (caçador de andróides) aposentado retirar (como é dito no texto introdutório) todos eles antes que a notícia chegue a público.

Aqui, um novato Ridley Scott arranca grandes interpretações de todo o elenco. E que elenco! Encontram-se aqui Harrison Ford, Rutger Hauer, a sumida Sean Young, Edward James Olmos e uma jovem Daryl Hannah. Alias, Hauer tem no filme a melhor interpretação (e personagem) de sua vida, marcando o ápice de sua carreira não só como ator, mais também como roteirista (aparentemente, ele escreveu o solilóquio de morte de seu personagem sozinho). De certa maneira, todos os atores têm em Blade Runner o ápice de suas carreiras, mas o destaque dessa vez fica com Rutger Hauer.
Não é somente o elenco, porém, que se destaca no filme. O incrível roteiro é, até hoje, usado como inspiração por roteiristas (profissionais ou novatos). Os efeitos especiais nos surpreendem por serem de uma época na qual não existia CGI. A belíssima trilha sonora de Vangelis se encaixa perfeitamente em todas as cenas. A fotografia é impecável. A direção de arte idem. E aqui, um assunto filosófico como a morte (que sempre é tratado de maneira piegas por mãos sem cuidados) é tratada de uma maneira nunca vista até hoje na sétima arte.

Com previsão para 6 de dezembro (bem a tempo para o natal), um DVD triplo de Blade Runner contendo todas as versões do filme (de cinema dos EUA e internacional, do diretor, e a esperada versão final do diretor) e com um Making of (“Realizando Blade Runner”), extras finais e documentários inéditos (corrigindo o erro do DVD da versão do diretor lançado aqui no Brasil sem extras) chega às lojas no formato amary com luva (R$ 69,90) e em um formato especial (dentro de uma maleta prateada com uma miniatura do carro de Deckard, um origami de unicórnio e imagens holográficas do filme, R$ 299,90).

“Todos esses momentos se perderão no tempo, como lagrimas na chuva” Diz Roy segundos antes de morrer no, talvez, momento mais belo já visto na sétima arte. Se perder no tempo. Definitivamente, esse não é o caso de Blade Runner.

Nota: 10

Daniel Miguel
posted by Revista Nerd @ 07:42  
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